Quais são os recursos disponíveis hoje para que a moradia na velhice seja mais confortável e segura?

Tem havido, cada vez mais, notícias sobre tecnologias baseadas em inteligência artificial, em especial quando apoiada em IoT (Internet of Things), determinando a racionalização das atividades e potencializando a assertividade. Quando esses serviços são direcionados a oferecer mais conforto e segurança para idosos, fica evidente que as moradias de hoje e do futuro devam ser planejadas para embarcar tecnologias adequadas. A população 60+ cresce e projeta a falta de cuidadores familiares desde já, situação que se agravará nas próximas décadas. Para Guilherme S. Hummel, engenheiro com mais de 23 anos de atuação em digital health, o Brasil ainda está muito atrasado e com grande potencial para as AgeTechs que estão por vir (https://www.saudebusiness.com/colunas/its-longevity-stupid-agetechs-perseguem-o-terceiro-pib-do-mundo).

O mundo precisa de muito mais “inovação para longevos” do que dispõem hoje. Tudo o que existe de AgeTechs (empresas, startups, produtos e serviços para benefício da boa longevidade humana), também chamadas de ElderTechs ou GenoTechs, é uma fração residual do que a civilização precisa para suportar o enorme crescimento do “envelhecimento populacional”. Não se trata só de inovação digital, mas acima de tudo de soluções figitais (físicas+digitais-sociais) que agreguem apoio ao crescimento da expectativa de vida nesta primeira metade do século. 

Afirma que há um mercado ascendente para “produtos e serviços que beneficiam o cotidiano de idosos e das pessoas que cuidam deles”. Sugere que ofereçam soluções para apoio ao cuidador, coordenação de cuidados, segurança financeira, saúde preventiva, engajamento social e para a residência, sobre o que destaca aquelas que possibilitem a permanência em casa – Age in Place. Afirma que dispositivos assistivos (elderly-devices) facilitam a permanência das pessoas idosas em suas casas, incluindo soluções em robótica, vigilância domiciliar emergencial e acessibilidade digital, entre outros.

A nova “casa conectada” precisará identificar quando um idoso está em declínio e intervir antes que suas condições sejam urgentes. Além de ser seu eixo protetivo, a digital-home precisará fornecer cada vez mais “insights que distanciem o idoso das reinternações”. Esse é um dos maiores desafios nos próximos anos para a indústria de AgeTechs. 

A telemedicina está oficialmente reconhecida como uma forma de acesso aos profissionais que podem prevenir agravos, mas não bastam smartphones ou computadores para que uma consulta seja realizada. É necessária uma mudança de comportamento e a compreensão de que esse processo depende de novos modos de morar, garantindo uma velhice segura. Reconhecer-se parte de uma comunidade de apoio através de conexões ágeis permite que a velhice se estenda na própria casa, mas ainda há poucos profissionais de projeto arquitetônico que efetivamente conhecem os princípios e a evolução da Gerontologia Ambiental, fundamento imprescindível para um resultado efetivo. 

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