Conhecer e adotar novos recursos de tecnologia aumenta a segurança e o conforto na velhice?

Neste momento, quando se discute o preconceito etário como um óbice para atividades e interações de pessoas mais velhas, ainda há quem acredite que toda pessoa idosa é tecnófoba, incapaz de utilizar recursos que facilitam o dia a dia por temerem o fracasso. A popularização dos dispositivos por voz com Alexa já oferece a facilitação não somente no acionamento de elementos conectados, como lâmpadas e TV, mas também informa condições de clima, fornece receitas de cozinha, conecta estações de rádio, grava lista de compras auxiliando a memória e possibilita escutar as músicas preferidas entre outras respostas importantes, na busca de soluções para necessidades cotidianas.

Mas é na comunicação mais eficiente que as novas tecnologias demonstraram o quanto é necessário manter-se atualizado quanto a esses recursos, principalmente a partir da pandemia pela Covid-19. Com o reconhecimento de que a telemedicina é um eficiente meio de atendimento para encaminhamento de tratamentos médicos, contar com informações rápidas facilita a interação por via remota. No Jornal da USP, publicado em 17/03/2023, a reportagem publicada por Luiz Prado aponta reflexões sobre a chegada do ChatGPT, um recurso de inteligência artificial com amplo banco de dados, com respostas para qualquer assunto (https://jornal.usp.br/cultura/chatgpt-entre-o-fascinio-e-o-temor-pela-tecnologia/).

Não sabemos se aconteceu exatamente como visto em 2001: Uma Odisseia no Espaço, mas é bem provável que o assombro pela tecnologia entre os primatas tenha sido mesmo bem próximo do que as telas mostraram. Desde a aurora da humanidade, um fascínio quase religioso e um pavor pela própria existência da espécie se misturam a cada invenção ou avanço que promete mudar o mundo como nós o conhecemos. Ficamos entre o deslumbramento de chegar até Júpiter a bordo da Discovery One e o terror do abandono no espaço sideral arquitetado pela malícia do supercomputador HAL 9000. 

Se ainda há surpresa com a velocidade das inovações neste século XXI, resistir a novas possibilidades representa evitar maior conforto e segurança. 

A tecnologia da vez que chega para solavancar as emoções atende pelo nome pouco charmoso, mas coerente com o mundo de siglas em que habitamos, de ChatGPT (do inglês Chat Generative Pre-trained Transformer, ou transformador pré-treinado gerador de bate-papo). Em termos básicos, trata-se de uma inteligência artificial (IA) capaz de oferecer respostas para os usuários no formato texto, simulando um bate-papo. (…) Em segundos, a IA consegue entregar textos curtos, objetivos, coerentes e gramaticalmente corretos sobre praticamente qualquer coisa, que assombram pela eficiência e abrangência. 

Embora a reportagem pontue a utilização do ChatGPT como coadjuvante para a educação, ampliar o que hoje já está disponível via Siri e Alexa será fundamental para que o ciclo de vida seja ainda mais produtivo, culminando em uma velhice ativa, saudável e feliz. Cada vez mais as moradias poderão contar com meios que facilitarão a velhice, cada vez mais longa e ativa.

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