Sabe-se que o mercado em geral, mas o imobiliário em especial, carece de alternativas de produtos para diferentes padrões de consumo no Brasil. Há empreendimentos que oferecem condomínios direcionados ao público idoso, mas ainda considerando soluções sofisticadas e não acessíveis à maioria. Por outro lado, permanecer em imóveis sem manutenção resulta em despesas maiores e sem qualidade, tornando-se um problema até de saúde. A reportagem de Fábio Nogueira aponta a moradia como uma das cinco tendências do mercado que atende o consumo de pessoas idosas (https://www.linkedin.com/pulse/cinco-tendências-do-mercado-prateado-fabio-nogueira-quokf/)
É difícil identificar tendências gerais quando elas se referem a uma população muito grande e diversa. Entretanto, parece haver alguns padrões em comum. Vamos conhecer cinco tendências no mercado prateado. Embora identificadas nos EUA, a experiência do Observatório da Longevidade indica que elas são válidas igualmente para o Brasil.
As tendências apontadas envolvem as áreas de lazer, tecnologia e serviços digitais, cuidados pessoais, investimento na casa e saúde, todas destacando-se pelo crescimento das demandas. Quanto ao aumento do interesse em pensar na atualização do imóvel e investir no conforto da própria moradia, é preciso analisar as opções de modo menos generalizado e considerar as alternativas de acordo com as características de cada caso.
Um estudo descobriu que, nos últimos 20 anos, a porcentagem de idosos que vivem em casa aumentou enquanto a porcentagem daqueles que vivem em casas de repouso diminuiu. (…) O custo de reformar e adaptar a casa é bem menor do que a despesa mensal em um “silver condo”, além de ser percebido como investimento e não como despesa.
É certo que se manter na moradia original é preferível, mas a mudança para moradias institucionais é a solução quando há necessidade de cuidado mais intensivo. Os condomínios seniores ainda são caros, pois os empreendimentos desse tipo atendem consumidores de renda mais alta e ainda há poucos em funcionamento. É preciso criar soluções que atendam essa faixa intermediária de renda, atendendo desejos e necessidades do público idoso.
O florescer da economia prateada induz as empresas a repensar suas estratégias de inovação, marketing e comunicação para atender às necessidades de uma população crescente, com dinheiro no bolso e que adota cada vez mais um estilo de vida ativo, saudável, jovial e gratificante.
Atender a diferentes faixas de renda de consumidores com dinheiro no bolso amplia ainda mais esse mercado que se apresenta, a cada dia mais, como promissor para diferentes propostas em produtos e serviços, atendendo a população mais longeva que cresce e está disposta a consumir conforto, cultura, lazer, tecnologia e saúde, essa mais conectada e oferecendo soluções acessíveis para que todos mantenham a qualidade de vida.

