REPOST Esperar o novo ano com a casa arrumada sugere revisar armários e desapegar do que não serve mais?

Este post foi publicado originalmente em Dezembro 2023

Final de ano traz pensamentos de planos realizados, outros frustrados e muitos outros adiados. É recorrente rever o que falta para não entrar o ano novo com pendências, assim como revisar o que ficou acumulado nos armários, em cima de mesas e estantes, dentro de caixas ou, até, atrás de móveis, guardando objetos provisoriamente para buscar o melhor lugar. Muitas das vezes o provisório torna-se permanente, chegando a tornar os ambientes incômodos por exigirem mais espaço para as rotinas do dia a dia, em especial a manutenção pela limpeza. 

Nessa revisão do que manter em casa, do que readequar ou descartar, muitas das vezes a melhor solução é o descarte mesmo, pois o que poderia ser útil em algum momento acaba acumulando poeira e tirando espaço para outros objetos realmente úteis. Para os esotéricos, objetos parados tornam a energia estagnada. Para aqueles que acreditam que a moradia é um lugar dinâmico, que acompanha novos desejos e necessidades, objetos parados provocam a perda de interesse e, se trocados (seja de lugar, seja guardando por um tempo para repor em outro momento), podem trazer reminiscências importantes, tais como sua origem, as pessoas associadas àquele objeto ou o momento da aquisição. 

De qualquer modo, o desapego do que não tem utilidade faz com que a renovação dos ambientes traga novos ares, dando espaço para outros projetos em andamento ou surpresas possíveis a partir das festas em família ou reencontro com amigos, em especial no Natal. Ao pensar sobre abrir espaço para o futuro, criam-se novos objetivos, o que renova também o ânimo para que seja significativo. Para pessoas idosas, essa premissa é ainda mais importante, pois diversos motivos podem gerar uma certa paralisia no ciclo de vida. O envelhecimento continua, mas quase como uma contagem regressiva, o que pode se tornar desanimador e levar ao abandono do que realmente importa. Ver-se ativo e conquistando novas experiências traz uma perspectiva de vida com significado, sendo a moradia o reduto onde essas lembranças são guardadas.

Quanto mais tempo de vida, maior a tendência de guardar objetos importantes. A longevidade, então, poderia representar acumulação se não houvesse a restrição de espaços nos quais os guardamos. Essa situação fica evidente quando a mudança para um residencial sênior exige a escolha do que seja imprescindível, trazendo a sensação de luto, pela perda definitiva.  

Portanto, esperar o ano novo com a casa arrumada sugere revisar armários e desapegar do que não serve mais, pois depositam-se esperanças de novas realizações, conquistas e experiências. Guarda-roupas podem ter o espaço melhorado ao retirar as peças que não foram usadas durante os últimos meses, porque não se justifica guardar se não há utilidade. Por isso, muitas campanhas de arrecadação de roupas usadas podem fazer a felicidade de outras pessoas, o que já traz o prazer da solidariedade e de sentimentos de amor ao próximo. Natal é o momento de lembrar e encontrar pessoas que representam o amor em suas infinitas formas, é preciso preparar o espaço para marcar esse momento.

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