Como o conhecer o perfil da população idosa pode otimizar a gestão em saúde de seu município? 

Ter um diagnóstico detalhado da população usuária das Unidades Básicas de Saúde nem sempre é uma tarefa simples de ser realizada.  Por isso, instrumentos de triagem e rastreio podem acelerar e potencializar o acompanhamento das demandas de saúde de um município. 

Se você é gestor de saúde municipal, provavelmente saberá responder o seguinte questionamento:  Quantas gestantes estão em acompanhamento atualmente em suas UBS? Porém, se questionarmos quantas pessoas atendidas na UBS fizeram 60 anos esse ano, você saberá? E 80 anos? É provável que você não tenha esse dado de imediato. 

Com as mudanças do perfil etário ocorrendo em velocidade acelerada no Brasil, compreender o perfil da população idosa de um município faz com que se tenha uma gestão adequada do sistema de saúde, através da organização do cuidado adequado e manutenção da sustentabilidade financeira. Mas por onde começar esse mapeamento? 

Desde fevereiro de 2025 está disponível no E-sus, no prontuário eletrônico do cidadão (PEC) um instrumento de triagem de vulnerabilidade da pessoa idosa, realizado a partir de 20 perguntas e que leva poucos minutos para ser aplicado. O Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20) é preconizado para ser o instrumento referência de triagem inicial da pessoa idosa brasileira. 

Quatro principais benefícios da aplicação desse instrumento: 

1) Aplicação rápida e fácil de um instrumento único: 
Ter definido um instrumento único utilizado permite uma análise mais qualificada da condição de saúde e facilita o acompanhamento da saúde desse usuário idoso ao longo do tempo. 

2) Estratificação de risco no próprio prontuário: 
O cálculo do risco é feito diretamente no prontuário, evitando interpretações errôneas e destacando as dimensões alteradas da avaliação, facilitando para o profissional de saúde identificar mais rapidamente os pontos de atenção. 
 
3) Monitoramento a longo prazo no próprio prontuário do usuário: 
A avaliação fica registrada no prontuário e pode (e deve) ser aplicada com certa periodicidade, o que possibilita a equipe monitorar a evolução da saúde do usuário ao longo do tempo, com foco nas melhorias e nas dimensões que exigem mais atenção. 
 
4) Mapeamento das condições críticas para tomada de decisão dos gestores: 
Com o perfil da população idosa bem definido, gestores podem implementar ações específicas para esse grupo, como monitoramento, promoção de atividades físicas, e o fortalecimento da rede de atendimento para casos mais críticos. 
 
Você gestor e/ou profissional da Atenção Primária à Saúde conhece e sabe aplicar esse instrumento?  Aqui estão alguns materiais estão disponíveis para acesso gratuito: 

Espero que tenham gostado desse conteúdo!

2 comments on “Como o conhecer o perfil da população idosa pode otimizar a gestão em saúde de seu município? 

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